PLANTIO DA SOJA

Aprosoja enaltece apoio da Assembleia Legislativa para pesquisa científica

Pesquisa contribuirá com Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática do Mapa

Em reunião com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho (DEM), o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja), Antonio Galvan enalteceu o apoio da Casa de Leis à pesquisa científica, realizada pela Fundação Rio Verde e Instituto Agris, que tem objetivo de abrir uma nova janela para produção de semente de soja, em Mato Grosso, que segundo a entidade, terá maior sustentabilidade ambiental e econômica. A reunião ocorreu nesta quarta-feira (22), no gabinete da Presidência, e contou também com a presença do diretor-Executivo da Aprosoja, Wellington Andrade.

Botelho destacou a importância da pesquisa para nortear sobre novas técnicas no plantio da soja visando a produção sustentável, com menor uso de defensivos agrícolas. “Vamos dar apoio porque já está plantada [soja], a colheita deve ser daqui a 15 dias, queimar isso, destruir sem fazer análise técnica não é plausível. Então, vamos esperar para fazer a análise, ver qual o resultado e tomar providências futuras. Mas, no momento não vejo como decisão correta mandar queimar algo que falta 15 dias para terminar”, declarou.

Antonio Galvan, presidente da Aprosoja, disse que o apoio à pesquisa é fundamental. “Viemos aqui agradecer todo apoio da Assembleia Legislativa sobre a decisão tomada, na semana passada, para que a pesquisa que está em andamento no campo seja finalizada. Justamente desmistificar ou mostrar a realidade desse plantio de soja que está sendo feito em Mato Grosso, porque esse calendário até 31 de dezembro, falamos que é o pior mês que possa existir para o produtor fazer sua semente, devido à grande incidência da ferrugem asiática e, principalmente, uso do defensivos agrícolas que é feito nessa época, especial o fungicida químico.

Que essa pesquisa se realize, assim é a vontade da Assembleia e dos produtores de Mato Grosso”, explicou Galvan.
Ele destaca que a pesquisa será importante para otimizar o uso de agrotóxicos, além de focar na qualidade das sementes. Conta que uma pesquisa anterior mostrou que dos 580 produtores entrevistados, 47% tiveram problema com a qualidade da semente.

“Automaticamente, ao confeccionar uma lavoura com semente de qualidade, resulta em melhor e maior produção”, acrescentou Galvan.
Sobre os impactos causados pela pandemia da Covid-19, disse que a situação preocupa o setor. “Vemos isso com bastante preocupação. Hoje, infelizmente, com tudo parado é muito preocupante a manutenção dos empregos e pagamento dos servidores. Esperamos que seja liberada a volta [comércio], com as precauções necessárias”, avaliou.

APOIO – A Mesa Diretora e a Comissão de Agropecuária, Desenvolvimento Florestal e Agrário e de Regularização Fundiária da Assembleia Legislativa do Estado (ALMT), requereu ao Tribunal de Justiça do Estado seus ingressos na condição de Amicus Curiae nos recursos de Agravo de Instrumento interpostos pela Aprosoja contra decisão do Juízo da Vara Especializada de Meio Ambiente da Capital que, em Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público Estadual, determinou a destruição imediata de lavouras de soja, destinadas à pesquisa científica a campo.

Em sua petição, além de requerer que os recursos da Aprosoja sejam julgados procedentes, para o fim de ser mantido o estudo científico perante os campos experimentais de soja com plantio realizado em fevereiro, a Mesa Diretora da ALMT e a Comissão destacaram que “a presente questão, de suma importância para o Estado de Mato de Grosso, envolve o estudo de novas técnicas no plantio da soja, em campos experimentais, fora do calendário ordinário, visando uma produção mais sustentável com menor uso de defensivos por parte da Aprosoja e seus produtores associados, em eventual contraponto com a legislação ambiental e as normativas dos órgãos federais e estaduais que regem a matéria”, diz trecho do pedido. (Com assessoria Aprosoja)