DIREITOS

CST da Mulher apresenta relatório e pede apoio de Botelho para estrutura permanente

Trabalho foi instalado para acompanhar e criar políticas públicas para combater a violência contra a mulher e assegurar seus direitos

Com a entrega do relatório final da Câmara Setorial Temática – CST dos Direitos às Mulheres, no final de março, a expectativa é de que a Assembleia Legislativa de Mato Grosso – ALMT acate a sugestão e crie uma estrutura permanente para a continuidade desse trabalho que atua, principalmente, no combate à violência doméstica. Nesta segunda-feira (10), a integrante Jacy Proença explicou a importância e pediu apoio do primeiro-secretário da Mesa Diretora, deputado Eduardo Botelho (DEM).

A relatora da CST da Mulher, defensora pública Rosana Leite, também participou por vídeo e reforçou o pedido. Essa CST dos Direitos da Mulher foi requerida pelo deputado Wilson Santos (PSDB) e presidida pela desembargadora Maria Erotildes Kneip.

“Mais uma vez fomos muito bem recebidas pelo deputado Botelho, exatamente, em função da finalização do trabalho da Câmara Temática, da entrega do relatório final, feita no último dia 29 de março, ao deputado requerente Wilson Santos. E, agora sentimos a necessidade de dar continuidade desse trabalho, para o acompanhamento dessas políticas públicas, seja em nível de estado ou municipal, mas também com proposituras para atuação no Congresso Nacional. Portanto, as integrantes da CST da Mulher se colocam à disposição para fazer esse acompanhamento. Temos o compromisso com esta Casa, desde a instituição da CST e o deputado Botelho deu todo apoio ao nosso trabalho, especialmente, durante a pandemia. Aguardamos a instituição de um organismo na Casa de Leis, uma vez que a própria sociedade tem requisitado a presença da CST nos municípios. O deputado Botelho nos ouviu e manifestou favorável pela continuidade desse trabalho. Em breve deverá nos apresentar uma proposta”, esclareceu Jacy Proença. 

Botelho ressaltou o dinamismo no desenvolvimento do trabalho, contemplando também o interior do estado e envidará esforço à criação de uma estrutura permanente da CST da Mulher, garantindo a sua continuidade, podendo ser na estrutura em uma das comissões já existentes, específica para esse acompanhamento. Para ele, o combate à violência doméstica é uma mudança cultural que precisa ser feita a longo prazo.

“Já conversei com o deputado Wilson Santos, para criar a CST permanente para que esse trabalho não pare. Essa questão da violência é cultura e sistêmica, é muito difícil combater, mas a luta deve continuar buscando a mudança de consciência. Vamos dar toda estrutura para que esse trabalho seja divulgado também. Temos que fazer debates, fóruns, continuar falando sobre o tema para que pessoas se conscientizem”, afirmou o deputado.

Rosana Leite disse que a permanência do trabalho será fundamental. Tanto que o relatório ficou volumoso chamando a atenção, especialmente, porque o problema assola todas as camadas sociais. “A violência doméstica está em todos os níveis sociais. Ela é estrutural”, alertou a defensora. Jacy complementou que quanto maior a posição na sociedade, menor a publicidade das vítimas sobre a violência que sofrem. “Quando ocorrem na base da pirâmide, elas são publicizadas, mas quando ocorrem no topo são veladas, as pessoas se sentem mais intimidadas em revelar porque depende da posição estabelecida na relação”, concluiu.

O relatório apresenta sugestão de políticas públicas, amparo, para mulheres negras, indígenas, rurais, dentre outras.

Síntese CST – A Assembleia Legislativa de Mato Grosso sempre atenta a realidade nada favorável e as profundas desigualdades em que está submetida a mulher, propõe a criação da Câmara Setorial Temática com o objetivo de levantar e/ou propor legislação e políticas públicas para combater a violência e efetivar direitos às mulheres do Estado de Mato Grosso.  A referida câmara será composta por mulheres com comprovada atuação na área de defesa dos direitos das mulheres principalmente aquelas que dizem respeito a garantia da integridade física, moral e psicológica: educação, cultura, saúde e geração de emprego e renda.

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