MANIFESTAÇÕES
Botelho fala sobre bloqueios de rodovias e defende direito de ir e vir
Em mais um dia movimentado na ALMT, deputado falou sobre as manifestações; vitória do presidente eleito Lula e realizou sessão

A quinta-feira (03) foi movimenta na Assembleia Legislativa de Mato Grosso – ALMT, com a concentração de sessões e limpeza da pauta. Antes, em conversa com a Imprensa, o presidente da ALMT, deputado Eduardo Botelho (União Brasil), disse que é inaceitável que as manifestações em protesto ao resultado da eleição presidencial, que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ocorram com violência e destacou os prejuízos que os bloqueios nas rodovias causam impedindo o cidadão de ir e vir.
“Isso não é constitucional, não é legal, não tem a aprovação de ninguém, nem do presidente [Bolsonaro]. O presidente Bolsonaro já se pronunciou, após eleições, que não é o que está previsto na Constituição. Então, são totalmente ilegais. Agora, o protesto faz parte do jogo democrático, se manifestar contra. Mas, não pode extrapolar e tolher o direito de ir e vir”, disse o deputado.
Questionado pelos repórteres, Botelho também rechaçou o pedido de intervenção militar feito por alguns manifestantes.
“Pedir intervenção militar é totalmente ilegal, sou totalmente contrário, eu que particularmente participei da primeira greve na UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), em 1978, contra o Regime Militar sei o que é uma ditadura. Então, ninguém quer isso mais, não é constitucional e quem está pedindo isso está fora da realidade. Protestar porque queria a continuidade do presidente Bolsonaro tudo bem, mas pedir intervenção militar é totalmente fora da realidade!”, explicou.
Além disso, declarou que a tendência é que as manifestações sejam encerradas e que, em reunião, ontem (02), com o governador, ficou definido que a partir de hoje a polícia irá agir de forma contundente caso os bloqueios persistam. E que não há descaso por parte do governo, segundo o deputado, o que houve foi prudência para não haver conflitos nos dias anteriores, inclusive pediu punição para manifestantes que praticaram agressões.
“Agressão não é aceitável com ninguém, ainda muito menos com a Imprensa que está lá trabalhando para levar informação, prestando serviço público para todos. É descabível isso e essas pessoas precisam ser penalizadas. Tem que reprimir isso duramente!, declarou Botelho.
Sobre a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, Botelho disse que foi uma eleição bem disputada e que, desde o ano passado, ele já falava que haveria o segundo turno nas eleições para a Presidência da República. Destacou que há uma preocupação com o Meio Ambiente e que outros países estão atentos para o desmatamento zero.
“A fala sobre o meio ambiente foi muito forte durante a campanha. E se alguém prestou atenção, todos os cumprimentos que o presidente eleito Lula recebeu de governantes de outros países falava sobre a pauta do meio ambiente. Isso nos preocupa porque existe uma tendência desses países querendo desmatamento zero na Amazônia. O desmatamento ilegal zero, tudo bem. É preciso fazer a preservação, mas sem prejudicar os 25 milhões de pessoas que vivem na Amazônia. Se parar totalmente, poderemos ter grandes prejuízos para essa população. O interessante para nós é combater o desmatamento ilegal e continuar o Código Florestal. Essa é a defesa que temos que fazer”, concluiu Botelho.
HARMONIA ENTRE OS PODERES – Botelho iniciou a agenda bem cedo, em reunião com o governador Mauro Mendes e a desembargadora eleita para presidir o Tribunal de Justiça, Clarice Claudino da Silva, numa visita de cortesia, no Palácio Paiaguás.
“Tivemos uma conversa muito amistosa sobre o mandato que ela pretende fazer, sobre o trabalho dela, sobre essa harmonia entre os poderes e que queremos que continue”, disse o parlamentar.